
Estudo identifica gene da pancreatite
Estudo identifica gene mutante que ocorre com grande frequência em amostras de tumores do pâncreas
Cientistas australianos identificaram um conjunto de genes mutados responsáveis pelo câncer de pâncreas, uma descoberta que pode levar a uma detecção precoce e a um melhor tratamento da doença.
O câncer de pâncreas é altamente agressivo e tem a maior taxa de mortalidade dentre a maioria dos cânceres, com pacientes morrendo meses após o diagnóstico.
O Professor Andrew Brian do "Centro de Câncer de Kinghorn do Instituto Garvin de Sydney, Co-autor de um estudo publicado na Nature, diz que tratar o câncer de pâncreas é uma corrida contra o tempo.
" normalmente o que acontece quando você começa a quimioterapia para um câncer em particular... você está em uma tratamento... que tem 20% de chance de funcionar, diz Biankin.
"se você fizer errado da primeira vez então os pacientes basicamente não vivem o bastante para terem a chance de fazerem outra quimioterapia."
O Biankin, juntamente com o Professor Sean Grimmond do Instituto de Biociência Molecular da Universidade de Queensland, levou um time de pesquisadores australiano que sequenciou o genoma de 100 tumores de pacientes e os comparou a tecido normal para determinarem as mudanças genéticas que levam ao câncer.
"Encontramos mais de 2000 genes mutados no total ... os quais eram mutados em aprocimadamente 90% das amostras, e centenas de mutações gênicas que estavam presentes em 1 ou 2 por cento dos tumores," Diz Grimmond.
"Isso demonstra que o chamado 'câncer de pâncreas' não é uma doença e que as pessoas que aparentemente têm o mesmo câncer podem precisar de tratamentor bastante diferentes."
'Medicamento Personalizado'
O Biankin diz que as descobertas realçam os benefícios do medicamento personalizado no tratamento de câncer de pâncreas, no qual o perfil molecular do paciente é combinada com o melhor tratamento.
"A ideia é que você não quer aplicar drogas em um paciente que não responderá porque é provavelmente toxico e caro," ele diz.
"[Ao envés disso] você tenta combinar a droga certa com o paciente certo."
Biankin diz que o sequenciamento genético do DNA dos tumores e dos pacientes irá para o bando de dados conhecido como o Consórcio Genômico Internacional de Câncer.
Isso auxiliará as pesquisas comparando o sucesso e falha de tratamentos com drogas e outras terapias.
Michael Vincent e colaboradores
ABC
Fonte: ABC Science
Categorias: Curiosidades