LOGO ATUAL DO PET
tartaruga_abrolhos

Pesquisadores estudam tartarugas em Abrolhos

Pesquisadores do Instituto de Ensino, Pesquisa e Preservação Ambiental Marcos Daniel juntamente com o Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio) realizou no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral da Bahia, uma pesquisa com tartarugas marinhas da espécie tartaruga-verde (Chelonia mydas).

Uma equipe com seis pesquisadores do Instituto de Ensino, Pesquisa e Preservação Ambiental Marcos Daniel, de Vitória (ES), realizou trabalhos no Parque Nacional Marinho de Abrolhos sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio) durante o mês de outubro.

O objetivo da pesquisa foi verificar a presença da fibropapilomatose, doença caracterizada pela formação de tumores na pele das tartarugas e associada à ação de um vírus. A doença tem ocorrência mundial e, geralmente, está relacionada a ambientes costeiros com forte influência antrópica.

tartaruga_tumor

Imagem mostrando os tumores no casco de Chelonia mydas. Fonte:http://www.tamar.org.br/interna.php?cod=109

Durante os trabalhos, foram coletadas amostras de sangue de 30 tartarugas para dosagens toxicológicas que poderão elucidar a relação da fibropapilomatose com poluentes como, por exemplo, metais pesados e hidrocarbonetos. A pesquisa também será realizada no litoral de Vitória e no Atol das Rocas (RN).

Constatar a ocorrência de fibropapilomatose em Abrolhos é "preocupante" pois trata-se de uma doença que ocorre principalmente em locais poluídos e pode indicar algum grau de desequilíbrio no ambiente. .

A pesquisa é parte do projeto de doutorado em Ecologia de Ecossistemas do professor Marcelo Renan, na Universidade Vila Velha, no Espírito Santo. A expedição foi custeada pelo Instituto de Ensino, Pesquisa e Preservação Ambiental Marcos Daniel, organização conservacionista sem fins lucrativos sediada em Vitória. O trabalho contou com o apoio logístico da equipe do ICMBio, especialmente da monitora Maria Bernadete da Silva, e, também, da equipe da Marinha do Brasil que hospedou a equipe na Ilha de Santa Bárbara.

Tartaruga-verde

tartaruga_verde

 Chelonia mydas. Fonte: http://www.tamar.org.br/interna.php?cod=109

Ameçada de extinção a tartaruga-verde é uma das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no país. O ICMBio desenvolve ações de monitoramento e pesquisa dessas espécies por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinas, o Tamar. Coordena ainda o Plano de Ação Nacional (PAN) para Conservação das Tartarugas Marinhas.

Herbívora, a tartaruga-verde habita pastagens tropicais e substagens tropicais e subtropicais nas principais bacias oceânicas do planeta. Estima-se que cerca de mil fêmeas desovem anualmente na ilha de Trindade (ES), entre 50 e 140 fêmeas no Atol das Rocas (RN) e não mais do que 17 fêmeas no arquipélago de Fernando de Noronha (PE). Registros são encontrados ao longo da costa, a partir do estado do Rio de Janeiro em direção ao norte do estado da Bahia e, ainda esporadicamente ocorrem também ninhos nos estados do Espírito Santo, Sergipe e Rio Grande do Norte.

De acordo com o Tamar, a estimativa mundial da população é de 203 mil fêmeas em idade reprodutiva. As fêmeas têm biometria semelhante nos três sítios reprodutivos, com média de 115 cm de comprimento curvilíneo de casco, variando de 100 a 134 cm. A sazonalidade reprodutiva vai de dezembro a junho, quando nascem os últimos filhotes. Cada fêmea realiza entre uma e 11 posturas, com intervalos que variam de 10 a 13 dias. Cada desova varia de 50 a 193 ovos.

O tempo de incubação é de mais ou menos 55 dias. Ao entrar na água, o filhote adquire um comportamento alimentar onívoro, habitando a zona nerítica. A espécie torna-se herbívora quando atinge um comprimento de 20 a 35 cm, sendo a única espécie a ocupar este nicho.

Comunicação ICMBio:

 (61) 3341-9280

Fonte : ICMBio 

Categories: Conservação